ONG Pacto Social & Carcerário São Paulo
Excelente
exemplo Suécia fecha 4 prisões e
prova: A questão é social ,só os políticos brasileiros
não vê ...ou fingem.
Penas alternativas e investimento na
ressocialização de detentos derrubaram a população carcerária e levaram ao
fechamento de 4 prisões no país nórdico
O jornal inglês The Guardian informou em sua edição de ontem que 4 prisões e um centro de detenção foram fechados na Suécia, pela Justiça daquele país, por falta de prisioneiros. O diretor de serviços penitenciários local, Nils Oberg, afirmou que o número de detentos estava caindo 1% ao ano desde 2004 e, de 2011 para 2012, caiu 6%.
Oberg e outras fontes ouvidas pelo jornal inglês
acreditam que a queda do número de presos tem os seguintes motivos:
1)
investimentos na reabilitação de presos, ajudando-os a ser reinseridos na
sociedade;
2) penas mais leves para delitos relacionados às drogas e
3) adoção
de penas alternativas (como liberdade vigiada) em alguns casos.
Com uma política semelhante, a superpopulação
carcerária no Brasil e em outros países poderia ser bastante atenuada. O
exemplo sueco deixa claro, mais uma vez, que a questão da criminalidade é, sim,
social. Ninguém nasce malvado,bandido , traficante ... não existe o que popularmente é chamado de
sangue ruim.
Na Suécia, 112º país do mundo em população
carcerária, são 4.852 presidiários para 9,5 milhões de habitantes –51 para cada
100 mil habitantes. No Brasil, que tem a 4ª maior população carcerária do
mundo, são 765.926 detentos, ou 274 por 100 mil habitantes.
E olha que a reportagem nem entra no mérito de que
naquele país nórdico toda população têm acesso a serviços públicos de qualidade
(educação, saúde, cultura etc) e que lá os direitos humanos são levados a sério
pelos governantes.
Acreditar que não há ligação entre a questão social
e o número de presos em um país é acreditar que há pessoas mais propensas para
o mal. Ou que quem nasce abaixo da linha do Equador é mais malandro ou algo que
o valha.
Isso sem falar na questão moral. Insuflada pelos
Datenas da vida, boa parte da população acha que mesmo quem cometeu um crime
leve tem de amargar longos períodos encarcerados em condições sub-humanas. E
grita contra qualquer investimento na ressocialização de detentos –“pra quê
gastar dinheiro com bandido?”.
O que o autoproclamado “cidadão de bem” precisa
entender é que a melhor opção para a segurança de sua família –e para um mundo
melhor— é o modelo sueco, e não a manutenção das prisões brasileiras tais como
estão hoje.superlotadas ,com 100,300 e até 500 % á mais do que o limite suportado.Ou seja , depósito humano ...de seres humanos ...