ONG Pacto Social & Carcerário São Paulo
QUE ABSURDO,É DESUMANIDADE.
Superlotação em presídios chega a 190%
Das seis unidades prisionais da região de Campinas, o pior caso é o da P3 de Hortolândia, cuja capacidade é de 500 detentos e hoje abril,9.137 pessoas estão presas ou aguardam julgamento nas seis unidades prisionais da região de Campinas, interior de São Paulo. O número supera em 111% a capacidade dos presídios, que é de 4.328 detentos.
Na P3 de Hortolândia, o caso mais grave de superlotação na região, o número de presos é quase o triplo. Com capacidade para 500 pessoas, a unidade abriga 1.454.
Para o promotor de Execuções Criminais Herbert Teixeira, os principais motivos para a situação “insustentável” são a estagnação no número de vagas carcerárias há mais de dez anos na região e o aumento da violência. “A ressocialização é praticamente inexistente. Chega a ser uma condição sub-humana. Os índices comprovam que 70% dos assaltantes daqui são reincidentes”, argumenta.
Outro problema gerado pela superlotação das unidade prisionais está na estrutura das construções, que estão comprometidas. Os prédios têm infiltrações e as próprias construções apresentam rachaduras. “Imagine uma casa onde vivem quatro pessoas. Agora imagine que nessa mesma casa vivam 50”, compara Teixeira.
Segundo o presidente do Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo), João Rinaldo Machado, há celas para 12 detentos que estão com 45. “Além do risco de rebeliões, funcionários estão adoecendo, porque eles têm de manter a disciplina e a segurança de um número muito maior.”
Na P3 de Hortolândia, o caso mais grave de superlotação na região, o número de presos é quase o triplo. Com capacidade para 500 pessoas, a unidade abriga 1.454.
Para o promotor de Execuções Criminais Herbert Teixeira, os principais motivos para a situação “insustentável” são a estagnação no número de vagas carcerárias há mais de dez anos na região e o aumento da violência. “A ressocialização é praticamente inexistente. Chega a ser uma condição sub-humana. Os índices comprovam que 70% dos assaltantes daqui são reincidentes”, argumenta.
Outro problema gerado pela superlotação das unidade prisionais está na estrutura das construções, que estão comprometidas. Os prédios têm infiltrações e as próprias construções apresentam rachaduras. “Imagine uma casa onde vivem quatro pessoas. Agora imagine que nessa mesma casa vivam 50”, compara Teixeira.
Segundo o presidente do Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo), João Rinaldo Machado, há celas para 12 detentos que estão com 45. “Além do risco de rebeliões, funcionários estão adoecendo, porque eles têm de manter a disciplina e a segurança de um número muito maior.”
Machado ainda comenta que as leis penais estão cada vez mais duras, mas o sistema carcerário não está apto para comportar mais presos.
Em resposta, a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado informou que o Plano de Expansão prevê a abertura de 49 novas unidades prisionais em todo o Estado, o que criará 39 mil vagas. Sete delas foram inauguradas, mas nenhuma é na região de Campinas. A mais próxima está localizada em Jundiaí. Das 14 que estão em construção, uma é em Piracicaba.
Em resposta, a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado informou que o Plano de Expansão prevê a abertura de 49 novas unidades prisionais em todo o Estado, o que criará 39 mil vagas. Sete delas foram inauguradas, mas nenhuma é na região de Campinas. A mais próxima está localizada em Jundiaí. Das 14 que estão em construção, uma é em Piracicaba.